Fileira dá muito a ganhar ao país, mas intervenientes pedem políticas mais adequadas e apoios mais ajustados.

Potencial de crescimento é enorme.

A floresta vale, pelo menos, 1,3 mil milhões de euros. Essa foi a avaliação feita em 2001 e é a que consta no despacho do Conselho de Ministros da Estratégia Nacional para a Floresta aprovado no ano passado. Américo Mendes, professor de Economia na Universidade Católica do Porto, autor daquela avaliação, repartiu-a em três grandes fatias: 41% resulta da produção de madeira, 47% vem de outros produtos e serviços e 12% provem de serviços ambientais. Dezasseis anos depois, Américo Mendes considera que, agora, é necessário ter em conta que o impacto dos danos causados pelos incêndios é maior; por consequência, os produtos para comercializar baixaram, mas a componente positiva associada à floresta teria de ser revista caso a caso.

Certo é que só a silvicultura representou, em 2015, um volume de negócios de 793 milhões de euros (+15% face a 2013), com 7646 empresas (+1603 unidades) e 12716 trabalhadores (-3147 pessoas), para um Valor Acrescentado Bruto (VAB) de 208 milhões de euros (+55%). As importações subiram 3%, de 2013 a 2016, para 271 milhões de euros, mantendo este ano, até abril, a tendência de subida. Já as exportações tiveram uma profunda queda, de 59%, naquele período, para 50 milhões de euros, prolongando este ano igual evolução, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE).

 

Madeira: exportações podem crescer 100 milhões ao ano As exportações das indústrias de madeira e de mobiliário portuguesas cresceram mil milhões de euros entre 2009 e 2015 e valem já mais 2.331 mil milhões. No entanto, o presidente da Associação das Indústrias de Madeira e Mobiliário de Portugal garante que este valor pode facilmente crescer para 3,5 milhões de euros, ou mais, no espaço de uma década: “É fácil aumentarmos as nossas exportações 100 milhões de euros ao ano, nos próximos dez anos, se forem criadas condições de investimento nas empresas e de acesso às matérias primas. É uma questão de o país querer, ou não, fazê-lo”, defende Vítor Poças.

A falta de matéria prima em quantidade e a preço competitivo é a principal limitação da indústria, que importa mais de 20% da madeira que usa. “Não podemos continuar a queimar mais de 100 mil hectares de floresta todos os anos, a maioria dela de pinho, e destruir toda uma indústria recordista na manutenção de emprego nas indústrias de base florestal”, diz.

 
 

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